RESUMO
Foi analisado o perfil da criança vítima de trauma ocular atendida na Emergência Oftalmológica da FAV (EO-FAV), além da circunstância e do tipo da injúria. O estudo retrospectivo, prospectivo,descritivo do tipo coorte transversal. Estes pacientes tiveram seus prontuários revisados, sendo convocados para uma visita médica de seguimento e submetidos a exame oftalmológico completo. No período do estudo houve um total de 7.067 atendimentos na EO-FAV, sendo que destes, 1.350 (19,1por cento) correspondem a atendimentos prestados a crianças e 236 3,3por cento) a vítimas de trauma ocular. Destas 168(71,2por cento) eram do sexo masculino68 (28,1por cento) do feminino. A predominância do sexo masculino ocorre em todas as faixas etárias, com maior freqüência entre 6 e 11 anos de idade. O primeiro atendimento realizado por oftalmologista foi prestado em 78por cento das crianças e em 58,6por cento dos casos este primeiro atendimento ocorreu após 12 horas do trauma ocular. Quanto a procedência, 73,2por cento do pacientes eram do Recife e região metropolitana; os outros eram de diferentes regiões de Pernambuco. A maior parte dos acidentes ocorreu no próprio domicílio da criança e na presença de um adulto. Uma única criança apresentava acuidade visual nula no momento do primeiro exame oftalmologico. O trauma contuso foi o mais comum traumatismo fechado do globo ocular e a laceração de córnea o principal trauma penetrante. Pode-se concluir que o trauma ocular na infância em Pernambuco, se comporta da mesma maneria que na América Latina, sendo mais freqüente no sexo masculino e entre 6 e 10 anos de idade. É necessária a implantação de outras unidades de atendimento oftalmológico de urgência em Pernambuco para que se possa prestar atendimento especializado o mais rápido possível após a ocorrência do trauma ocular, melhorando assim o prognóstico visual das crianças atingidas. Campanhas de prevenção são necessárias na tentativa de reduzir a freqüência do trauma ocular e de prev...
